terça-feira, 21 de maio de 2024

Fundamentação Teórica de Trajetória do Projétil

    Para este projeto, foi necessário estudar alguns conceitos teóricos base para fundamentação de seu lançamento. Para que chegamos na equação final de seu movimento, é de suma importância que não desprezemos os conceitos básicos de lançamento de um corpo, ou seja, de algum objeto que se encontra em repouso e é submetido a um movimento de natureza constante. 

Para que isso seja esclarecido, utilizaremos a ferramenta phET Interactive Simulations, da universidade do colorado em boulder, para ilustrar os movimentos teóricos aqui destacados.


Independência dos eixos

    O princípio da independência dos eixos em física, afirma que os movimentos em direções perpendiculares são independentes entre si. Isso significa que o movimento de um objeto em uma direção, por exemplo, no eixo x, não afeta seu movimento em uma direção perpendicular, no eixo y. Esse princípio é fundamental na análise de movimentos em duas ou três dimensões, como em nosso caso, um projétil, onde o movimento horizontal é tratado separadamente do movimento vertical. Em resumo, cada componente do movimento pode ser analisada e resolvida independentemente das outras.


Figura 1 - Eixos perpendiculares.


Eixo Vertical (Y)


                      

    Nesta breve ilustração, podemos observar um corpo (bola de canhão) que se encontra em repouso e será submetido a uma altura de 15 metros até atingir o nível do solo em um tempo de 1.75 segundos. Além disso, podemos concordar que, este objeto está praticando um movimento uniformemente variado, pois a aceleração que influencia neste movimento é constante, ou seja, um objeto ao ser submetido a uma queda está sujeito a aceleração da gravidade (g). 


Figura 2 - Eixo Vertical.
                                                  

Desta forma, para que possamos comprovar este movimento, devemos entender as equações. Ao observar a figura 1, podemos identificar algumas nomenclaturas básicas para interpretação do movimento da bola de canhão, como velocidade inicial (v0), velocidade final (v), altura (h) e aceleração dada pela gravidade (g). 

Desta maneira, podemos aplicar as equações do lançamento:

h = g.t²/2

V
y = g.t

Vy² = 2.g.h

Eixo Horizontal (X)




 No eixo horizontal, geralmente assumimos que não há forças atuando após o lançamento, exceto em situações onde há resistência do ar significativa. Portanto, a velocidade horizontal V(x) é constante.

Observando o movimento da bola de canhão no vídeo, desconsideramos a resistência do ar, afirmando que  percorrerá uma distância de ~=26,23m com velocidade constante em 15m/s. 

Figura 3 - Eixo Horizontal.



A posição horizontal x do projétil em qualquer instante  pode ser determinada usando a equação:

S = Vx.t

Onde V(x)​ é a velocidade inicial na direção horizontal e t é o tempo, e S é o alcance do projétil. 

Lançamento Horizontal


Figura 4 - Lançamento horizontal.



A combinação dos movimentos nos dois eixos resulta em uma trajetória parabólica. O objeto se move horizontalmente com velocidade constante e ao mesmo tempo acelera para baixo devido à gravidade. Podemos observar novamente o vídeo do "Eixo Horizontal", onde visualizamos os dois fenômenos de forma ilustrativa. 

Em resumo, no lançamento horizontal, o eixo horizontal é uniforme, enquanto o eixo vertical é uniformemente acelerado pela gravidade. A combinação desses dois movimentos resulta em uma trajetória parabólica. 


Lançamento Oblíquo

No lançamento oblíquo, um projétil é lançado do solo com uma velocidade inicial V, formando um ângulo "x" com a horizontal. Neste tipo de movimento, consideramos apenas a ação da gravidade e ignoramos outras forças, como a resistência do ar.



Observando o vídeo podemos analisar o lançamento da bola de canhão, onde percorrerá um trajeto parabólico, ilustrando o fenômeno praticado na composição dos movimentos nos eixos verticais e horizontais.

Figura 5 - Lançamento Oblíquo.


Desta forma, podemos associar as seguintes equações do lançamento:

  • Eixo Y:

H = V0y.t-(g.t²/2)

Vy​ V0ygt

Vy²​ V0y²2gH

  • Tempo de Subida (ts)
Ts = V0y/g = V0.Sen0/g

Hmáx = V0y²/2g = V0².Sen²0/2g


OBS:
Figura 6

Podemos observar também que em um lançamento de trajeto simétrico, aquele em que o corpo se desloca e volta para mesma altura(H), temos que o tempo de chegada é mesmo que o tempo de subida, ou seja, (2.ts). 

Desta maneira podemos aplicar a seguinte equação para chegarmos à distância máxima de um lançamento:

Dmáx=v0².Sen(2.θ)/g 

onde

Sen(2.θ)=90°


θ=45°