Para este projeto, foi necessário estudar alguns conceitos teóricos base para fundamentação de seu lançamento. Para que chegamos na equação final de seu movimento, é de suma importância que não desprezemos os conceitos básicos de lançamento de um corpo, ou seja, de algum objeto que se encontra em repouso e é submetido a um movimento de natureza constante.
Para que isso seja esclarecido, utilizaremos a ferramenta phET Interactive Simulations, da universidade do colorado em boulder, para ilustrar os movimentos teóricos aqui destacados.
Independência dos eixos
O princípio da independência dos eixos em física, afirma que os movimentos em direções perpendiculares são independentes entre si. Isso significa que o movimento de um objeto em uma direção, por exemplo, no eixo x, não afeta seu movimento em uma direção perpendicular, no eixo y. Esse princípio é fundamental na análise de movimentos em duas ou três dimensões, como em nosso caso, um projétil, onde o movimento horizontal é tratado separadamente do movimento vertical. Em resumo, cada componente do movimento pode ser analisada e resolvida independentemente das outras.
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Figura 1 - Eixos perpendiculares. |
Eixo Vertical (Y)
Nesta breve ilustração, podemos observar um corpo (bola de canhão) que se encontra em repouso e será submetido a uma altura de 15 metros até atingir o nível do solo em um tempo de 1.75 segundos. Além disso, podemos concordar que, este objeto está praticando um movimento uniformemente variado, pois a aceleração que influencia neste movimento é constante, ou seja, um objeto ao ser submetido a uma queda está sujeito a aceleração da gravidade (g).
Figura 2 - Eixo Vertical. |
Desta forma, para que possamos comprovar este movimento, devemos entender as equações. Ao observar a figura 1, podemos identificar algumas nomenclaturas básicas para interpretação do movimento da bola de canhão, como velocidade inicial (v0), velocidade final (v), altura (h) e aceleração dada pela gravidade (g).
Desta maneira, podemos aplicar as equações do lançamento:
h = g.t²/2
Vy = g.t
Vy = g.t
Vy² = 2.g.h
Eixo Horizontal (X)
Observando o movimento da bola de canhão no vídeo, desconsideramos a resistência do ar, afirmando que percorrerá uma distância de ~=26,23m com velocidade constante em 15m/s.
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Figura 3 - Eixo Horizontal. |
A posição horizontal x do projétil em qualquer instante pode ser determinada usando a equação:
S = Vx.t
Onde V(x) é a velocidade inicial na direção horizontal e t é o tempo, e S é o alcance do projétil.
Lançamento Horizontal
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Figura 4 - Lançamento horizontal. |
A combinação dos movimentos nos dois eixos resulta em uma trajetória parabólica. O objeto se move horizontalmente com velocidade constante e ao mesmo tempo acelera para baixo devido à gravidade. Podemos observar novamente o vídeo do "Eixo Horizontal", onde visualizamos os dois fenômenos de forma ilustrativa.
Em resumo, no lançamento horizontal, o eixo horizontal é uniforme, enquanto o eixo vertical é uniformemente acelerado pela gravidade. A combinação desses dois movimentos resulta em uma trajetória parabólica.
Lançamento Oblíquo
No lançamento oblíquo, um projétil é lançado do solo com uma velocidade inicial V, formando um ângulo "x" com a horizontal. Neste tipo de movimento, consideramos apenas a ação da gravidade e ignoramos outras forças, como a resistência do ar.
Observando o vídeo podemos analisar o lançamento da bola de canhão, onde percorrerá um trajeto parabólico, ilustrando o fenômeno praticado na composição dos movimentos nos eixos verticais e horizontais.
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Figura 5 - Lançamento Oblíquo. |
- Eixo Y:
H = V0y.t-(g.t²/2)
Vy = V0y−g⋅t
Vy² = V0y²−2gH
- Tempo de Subida (ts)
Ts = V0y/g = V0.Sen0/g
Hmáx = V0y²/2g = V0².Sen²0/2g
OBS:
Podemos observar também que em um lançamento de trajeto simétrico, aquele em que o corpo se desloca e volta para mesma altura(H), temos que o tempo de chegada é mesmo que o tempo de subida, ou seja, (2.ts).
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Figura 6 |
Podemos observar também que em um lançamento de trajeto simétrico, aquele em que o corpo se desloca e volta para mesma altura(H), temos que o tempo de chegada é mesmo que o tempo de subida, ou seja, (2.ts).
Desta maneira podemos aplicar a seguinte equação para chegarmos à distância máxima de um lançamento:
Dmáx=v0².Sen(2.θ)/g
onde
Sen(2.θ)=90°
θ=45°